Coisas que adoro (ou não)! #02


Tentei evitar ao máximo mas chega a um ponto que até a pessoa mais paciênte do mundo explode e, não consegui aguentar/resistir e, por isso, vou-vos falar de algumas coisas/pessoas que me irritam assim, um bocadinho, profundamente no famoso facebook.

Aqui vai disto Evaristo:

a última bolacha do pacote

Perguntam-me constantemente se estou solteira e acham estranho e, atenção, com isto não me estou a armar em última bolacha do pacote porque isso signigicaria uma das seguintes coisas, ou que seria a mais desejada ou que seria a mais "partida". Por isso não, não me considero a última bolacha do pacote. A resposta ao meu estado é mesmo o facto de não ter encontrado aquela pessoa que me completa fazendo-me sentir livre. Algo contraditório, não? Mas é isso mesmo! Aquela pessoa que me faz sentir única, aquela pessoa que não precisa de dizer constantemente que me ama para eu sentir isso. Aquela pessoa que não me controla de maneira doentia para saber que é o meu "todo". Aquela pessoa que não tem medo e/ou vergonha de mostrar ao mundo que está comigo, que não me "esconde". Entre outras características muito, pouco ou nada importantes... Digamos que ainda não encontrei a pessoa a quem possa chamar de perfeitamente meio termo.
Por isso, se virmos bem, o que eu digo até faz algum sentido porque nos dias que correm, é algo complicado de encontrar. Arrisco-me a dizer que é quase impossivel. E, por estes e outros motivos, não vou ter alguém só porque sim.
Se é bom ser solteira/o? Tem os seus prós e contras como tudo na vida, admito. Mas, se há coisa que sempre me disseram foi: mais vale estar só do que mal acompanhada/o.

Acreditas no amor?

Perguntaram-me se acredito no amor. Fiquei, por segundos, posso até dizer que foram os segundos mais longos dos últimos tempos, sem reação, sem saber o que responder. E, hesitante, respondi que não. Para ser honesta, não tenho a certeza qual será a verdadeira resposta mas, apenas sei que não acredito no amor a 100%, no amor completo. Não sei bem que nome dar à medida "amor".
Confesso que fico parva porque consigo por defeitos em todos os homens que se aproximam de mim, sejam defeitos esses visuais ou de personalidade ou pequenas características insignificantes aos olhos dos que nos rodeiam. Não por ser perfeita mas, talvez, por medo de passar tudo outra vez...
Não sei se um dia serei capaz de voltar a amar com a intensidade que um dia já amei. Há fobias de tudo e mais alguma coisa, talvez a minha seja a de abrir portas a um novo amor, a um amor intenso, por muito que diga para mim mesma "desta vez será diferente".
Por mais que tente manter-me de pés bem assentes na terra, os sentimentos tornam-se mais fortes que o meu raciocínio e acabo por sofrer uma estupidez momentânea, ou até mesmo a longo prazo, de dar tudo de mim.

Depois vejo relações perfeitas a acabarem por repentinas (ou não) incompatibilidades, as tão na moda traições, falsos amores, etc., etc., etc., e fico, mais uma vez, na dúvida. Por isso, pelo sim, pelo não, mais vale fazer de tudo para afastar esse "bicho" de mim, pelo mais longo tempo possível.

Contudo, também acredito que "para toda a panela existe um tampo" mas há sempre algo frouxo no meio dessas medidas, há sempre algo que não encaixa por completo. Sim, sei que estou a contradizer-me um bocado mas este assunto tem mais que se lhe diga. Mas, verdade seja dita, mete-me confusão o facto de, com toda a enorme população existente no mundo, como é que duas pessoas tão aleatórias se encaixam tão perfeitamente como se diz por aí ou como aparece nos filmes. Simplesmente não bate certo!
E, a grande questão é que tudo isto não se aplica ao amor, amor, aquele amor de namoricos mas sim ao amor de "grandes amigos", ao amor de familias "felizes".

Mas atenção, nada contra os casais apaixonados que falam a cantar enquanto cospem coraçõezinhos cada vez que abrem aquelas bocas para dizerem lamechices, até porque também já fui assim.

Por isso, volto à pergunta inicial, acredito ou não no amor? Não sei... É tudo uma questão de perspectiva.

nascer, (sobre)viver), morrer


A verdade é esta:
nascemos, (sobre)vivemos e morremos. Não há pontos e virgulas, reticências, (whatever), nesta realidade. Simplesmente é assim! Então, na minha inocência, pergunto-me onde ficou a cortesia, onde ficou a honestidade, onde ficou a lealdade, onde ficou a vontade de nos levantarmos uns aos outros sem pedirmos algo em troca? Isto e outras coisas mais porque isto não fica por aqui e isso dá-me medo.
É incrível, como vivemos numa sociedade em que, no geral, o objectivo de vida é rebaixarem-se uns aos outros para "ganharem pontos", onde a mentira e a mesquinhice são as características mais visíveis no ser humano. Agora tu, que estás aí desse lado a ler esta balbúrdia de um momento de recaída deves estar a pensar "Coitada, tão novinha, tão ingenua, ainda tem tanto para aprender. Um dia vai abrir os olhos e vai ter de ser assim também." E se eu não quiser? E se eu for sempre assim? Se eu preferir sofrer em silêncio só para não prejudicar ninguém? O mundo não vai parar meus caros.

Apenas desabafo porque começo a ter sérias dúvidas de que a Terra realmente redonda pois parece-me bem quadrada, onde as pessoas ou se atiram do precipício sem fundo ou são empurradas. Wooow! Que dramático! Mas se pensarmos bem, não será assim?

Não compreendo, juro-vos! Ok, julguem-me à vontade pelas barbaridades que estou a dizer e que irei dizer mas... Porquê que a maioria prefere viver na maldade? Porquê que a maioria participa em injustiças sem ouvir ambas as versões? Como é que a maioria consegue dormir à noite rodeada pelo preconceito que esta sociedade hipócrita nos impõe?

Lá está... Nascemos, (sobre)vivemos e morremos. Se virmos vem, lutamos pelo mesmo objectivo, a sobrevivência ou a vivência, dependendo das ambições e das lutas de cada um por isso, porquê que não plantamos o bem, a felicidade, a entre-ajuda, etc., etc., etc.,?! Sim, porque no final de contas, teremos todos o mesmo fim, aquele bocadinho de terra para nos escondermos para todo o sempre...

mais de mim, porque sim


Mais uma etapa na minha vida. Surpreendo-me cada dia que passa e fascina-me que, com "tenra idade", a vida possa dar lições enormes e reviravoltas que nunca pensávamos ser possíveis. Um grande psicólogo, na minha opinião, uma vez disse-me que a nossa personalidade está em constante mudança, muda a cada três anos. Logo, quando me disse isso, não dei grande importância a essas palavras, pensara, na altura, que se referia ao crescimento em idade. Após algumas experiências e reflexões, comecei a entender que talvez se referisse à nossa idade mental, à nossa maturidade, à essência do nosso ser. E agora, até que faz algum sentido...
Toda esta "lenga-lenga" porquê? Porque, finalmente, percebi a importância de algumas coisas e uma dessas coisas foi a valorizar-me como mulher, a valorizar-me como pessoa.
Já dizia aquela frase feita "se eu não gostar de mim, como vou gostar dos outros?". Mas sabem que mais? Aprendi que em toda essa simples frase, há uma verdade enorme.
Atenção! Não estou a dizer com isto que tenhamos de andar por aí a vangloriar-nos com a mania que somos mais que os outros, pelo contrário! Temos de ser humildes o suficiente para ingressarmos  no caminho da aprendizagem e a devida auto-confiança para nos mantermos lá.

Temos de nos lembrar que não podemos agradar a Gregos e Troianos, ou seja, façamos o que fizermos, haverá sempre aquelas mentes iluminadas a quererem deitar-nos abaixo, isso é tão certinho como 2 e 2 serem 4 mas uma coisa é certa, há que ter sempre a consciência tranquila porque aquilo que tu dás, o universo dá-te em dobro, seja de bom ou mau.